terça-feira, 13 de setembro de 2011
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Ensino médio e seus dilemas: escolha do curso, escolha para a vida

16:47

   Nestes meses venho analisando um dilema dentro da sala de aula, como a maioria sabe eu estou no terceiro ano e a pressão de prestar vestibular em uma federal é muito grande principalmente quando se tem uma ótima universidade federal na sua cidade.
   Tenho testemunhado nestes meses o fato de que vários colegas meus ainda se encontram em dificuldade em escolher qual curso pretendem fazer, muitos destes acabam optando por aquele que é mais fácil passar, outros procuram nos cursos existente aquele que mais se assemelha com o que eles realmente preferem. Este fato não é exclusividade da minha sala, isso acontece em todas as instituições de ensino e acontecem com maior frequência naquelas em que não se vê medidas para auxiliar o aluno.
   Eu já coloquei aqui no blog o que eu realmente penso que seria o papel da escola, disse que se tratava de mais que ensinar, mas também de instruir e isto é o que mais falta. As vezes os integrantes da tal instituição não têm a menor afinidade ou intimidade com o aluno para inferir-lhe algo, mas o que não é o caso da nossa escola, pois eu tenho o orgulho de dizer que lá dentro nós temos pessoas que mais parecem serem nossos pais. O problema então está no método de atingir os alunos, no foco o qual a escola quer atingir. Muita das vezes o lema da escola passa a ser "Passar no vestibular em um universidade federal", mas nós alunos perguntamos "Passar em quê?". 
   Então você deve estar pensando "O que fazer então?". Bem, eu penso da seguinte maneira: O acompanhamento do aluno deve ser bem mais evasivo, os profissionais devem estar preparados para lidar com pessoas buscando o caminho correto pra eles. Os alunos deveriam ser incentivados a procurar as matérias e assuntos os quais ele é mais interessado e tem melhor desempenho, fazendo isto, o aluno deve ele mesmo procurar uma lista de profissões que tenham a ver para ao menos ter um parecer daquilo que ele tem afinidade.    O aluno deve estar cada vez mais diminuindo a lista de profissões, escolhendo sempre as melhores, depois que esta lista estiver bem pequena, cabe ao aluno procurar saber mais sobre estas profissões e ficar totalmente inteirado daquilo que essa profissão representa no mercado, do papel dela para que se este aluno chegue a cursar esta profissão, ele não se arrependa no meio da graduação. A escola pode então oferecer o tal "cursinho, aprofundamento" direcionado para os alunos. Ex.: Eu quero fazer Ciências Biológicas, então devo ter mais aulas de química e biologia. Aquele que quer Engenharia Civil, deve ter mais aulas de física e matemática. Etc.
   Assim, o aluno pode ter a noção daquilo que quer na vida, são medidas simples que podem ser discutidas em uma aula por mês, por exemplo. Pois devemos lembrar, passar no vestibular é importante, mas passar naquilo que realmente queremos é mais, pois não importa se eu passar em algo que não quero só por passar, sendo que irei abandonar a graduação pela metade. Não é mesmo?
  Eu apesar de agora estar decidida no que fazer, já tive meus momentos de dúvida. Apenas quando comecei a fazer Iniciação Científica na UFV em 2009 é que fui perceber que minha vocação é a Biologia e que meu futuro está na genética, antes disso eu pensava em fazer Filosofia ou Sociologia na UNB ou na UFU. Se eu não tivesse tido a oportunidade de fazer esta iniciação, garanto-lhes que um dia eu estaria arrependida do tempo que gastei em uma dessas outras profissões.

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